sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Décimo dia. La journée est finie.


Como esse é último post, é bom avisar para quem estiver chegando agora que o blog deve ser lido de baixo para cima (copiei essa recomendação de Vivas).

Só aproveitei algumas horas do dia 11/11/2009 em Paris. Ainda assim foi possível conhecer um lado diferente da cidade.

Acordamos mais cedo e terminamos de arrumar as malas. Meu irmão e minha mãe saíram cedo, por volta de 9:30 e eu fiquei, já que meu voo só sairia às 21hs.

Peguei o metrô na estação Denfert-Rochereau (esse é o nome certo, eu estava escrevendo errado :P) em direção a Porte d'Orléans (fim de linha). Lá peguei o tramway, um metrô de superfície, até a Cité Universitaire onde fui encontrar Paula (a amiga que eu tinha encontrado por coincidência no metrô alguns dias atrás).

Demos uma volta da Cité Universitaire, complexo de prédios que servem de residência a universitários, mestrandos, doutorandos, pesquisadores. Os prédios são de várias épocas. Dos mais antigos, construídos no século XIX, para os mais modernos, como o do Brasil, é uma diferença enorme. A Cité Universitaire é toda rodeada por jardins, o que a torna bastante agradável. Isso explica porque é tão frequentada, inclusive por não-residentes.

Em seguida fomos ao Parc Montsouris que fica logo em frente à Cité Universitaire. Um lugar que, pelo que parece, ainda não foi descoberto pelos turistas. Incluir o Parc Montsouris no roteiro de quem vem à cidade não é uma má ideia. Satisfação garantida.

Fomos almoçar e depois caminhamos até a Bibliothèque Nationale. Infelizmente não pudemos entrar porque era feriado, mas deu para apreciar a arquitetura dos prédios, 4 ao todo, cada um localizado em um ponto cardeal e todos em formato de livros abertos.

Seguimos a caminhada pela passarela Simone de Beauvoir e passamos pelo Palais Omnisport, o lugar onde ocorreu o torneio de tênis. Depois pegamos uma margem do Rio Sena (nunca sei se a direita ou esquerda), mas não pela rua, por um caminho estreito que passa por debaixo de várias pontes. Debaixo das pontes vi barracas (pois é, nem tudo é glamour em Paris), lixo boiando no rio, um clarinetista solitário aproveitando a acústica gerada pela concavidade da ponte, gente pescando, gente namorando, restaurantes-barcos chiquérrimos. Vários lados de Paris. Um passeio bem interessante.

Após, subimos umas escadas e continuamos a caminhar pela rua, passamos pela ponte Notre Dame, que eu já tinha visitado com minha mãe e meu irmão, observei a parte traseira de Notre Dame (mais bonita que a frente), passamos pela praça em frente à Igreja novamente e depois voltei para o hotel para pegar a bagagem que eu deixara no hotel. Paula me acompanhou e me ajudou na árdua tarefa de carregar a mala pela rua e pela estação de metrô. É difícil, mas não é impossível. Pelo menos não era impossível com a minha mala que não era tão grane e só era uma. Carregar malas na rua e em estações de metrô é bastante comum em Paris. Normal até demais.

O que deixou o último passeio mais interessante foi o fato de anteontem (11/11) ter sido feriado (Dia do Armistício). Muitas ruas centrais estavam fechadas para a circulação de automóveis e, em lugar de carros, havia pessoas caminhando, crianças de patinete e cicilistas circulando pelas ruas que, normalmente, estão abarrotadas de automóveis. A Paris frenética estava bem mais calma

Pegamos o metrô para a estação Montparnasse Bienvenue para ir à Gare Montparnasse, de onde saía o Air France Bus para o Aeroporto Charle de Gaulle. Cheguei 15 minutos antes da saída do ônibus. Despedi-me de Paula e de Paris.

A viagem foi fantástica. Gastamos muita sola de sapato porque só assim se conhece Paris. Ficou faltando muita coisa para ser vista, mas Paris não é uma cidade para ser visitada uma só vez. Certamente voltaremos.

Agradeço a todos pelas visitas e pelos comentários.



A entrada da CIUP - Cité Internationale Universitaire de Paris

Parc Montsouris

Idem 1

Idem 2

Uma das muitas esculturas do Parc Montsouris



Bibliothéque Nationale. Deu para perceber que são livros?

Passarela Simone de Beauvoir



Paris Street Style

Caminho que percorremos na margem (direita? esquerda?) do Sena

Uma das pontes pelas quais passamos por baixo

Restaurante-barco ou Barco-restaurante?

Oonnn que lindo.


Ao fundo, Notre Dame

Os fundos da Notre Dame que eu não tinha visto antes

Rosácea lateral

No ônibus, indo para o Aeroporto

Lembram do clarinetista solitário? Aí está ele. Eu achei a cena muito linda e totalmente inesperada. Entardecer, o som do clarinete ecoando, o barco, o Sena... É uma boa imagem de Paris.






"Le voir un jour
C'est mon rêve joli
J'ai deux amours
Mon pays et Paris"

(Vê-la um dia
É meu belo sonho
Eu tenho dois amores
Meu país e Paris)

(trecho de J'ai deux amours, música da década de 1930, recentemente gravada por Madeleine Peyroux)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nono dia

Para ir ao Château de Versailles pegamos o metro até a estação Saint Michel e de lá pegamos a linha C do RER. Cada passagem de ida e volta do RER custou 5,9 euros. A viagem dura cerca de 40 minutos.

A caminhada da estação até o Château é curta, cerca de 10 minutos.

O bilhete de entrada de Versailles (passaporte) que dá direito a tudo que tem no Castelo foi 16 euros. Esse é o preço da baixa estação.

O passeio é magnífico. O passaporte dá direito, inclusive, ao audio guide que torna o tour pelo palácio muito mais proveitoso.

Quando chegamos, deixamos a mochila no “guarda-volume” com nossos lanchinhos. Só depois percebemos que a proibição para consumo de qualquer tipo de alimento, obviamente, era só dentro do palácio. Depois que saímos para o jardim, poderíamos ter ido buscar a mochila para fazer nosso lanche, mas nos passamos. Fica a dica.

Andamos pelo palácio por quase 3 horas. Depois seguimos para o jardim. O jardim vai até onde a vista alcança. É enorme! Um dia inteiro só para o jardim ainda é pouco. Tivemos muito pouco tempo e só vimos o Grand e o Petit Trianon.

Pegamos um trenzinho que fica circulando pelo jardim para acelerar o percurso (pegamos só a volta, 3,5 por cada trecho ida / volta). Além do trenzinho, tem opção de aluguel de bicicleta e de carrinho de golfe. Eu acho que qualquer transporte desse vale a pena para acelerar o deslocamento dentro do jardim. E o lugar é muito lindo, quanto mais tempo der para passar lá, melhor.

Pegamos de volta o RER para Saint Michel e de lá fomos para Bercy. Meu irmão descobriu que aqui em Paris está acontecendo o torneio de tênis BNP Paribas Master e enlouqueceu para ir. Eu e minha mãe o acompanhamos. Vimos os jogos de Tsonga (FRA) x Montanes (ESP) e Simon (FRA) x Ljubicic (CRO). O franceses ganharam os dois jogos.

Pegamos o metro de volta para a casa e na Rue Daguerre paramos numa bodega marroquina. Minha mãe queria muito provar o tal kouskous marroquino.

Já estou postando do aeroporto de Guarulhos. No próximo post conto como foram as últimas horas em Paris...

Esperando o RER na estação Saint Michel
Estátua de Louis XIV na entrada do Castelo
Mais restauração
Já dentro do castelo
A famosa Galeria dos Espelhos
Mais da Galeria dos Espelhos
Uma das 17 janelas que ficam de frente para os 17 espelhos que refletem a imagem do jardim

Cama real
Galeria das Batalhas. Várias pinturas retratando as 13 principais batalhas vencidas pela França até aquela época
(a primeira batalha retratada data de 496 e a última, a de Wagram, de 1809)

Mais da Galeria das Batalhas


Mais um quarto real
"O" jardim
Grandioso (bem que eu disse que vai além do que a vista alcança)

Sala principal do Grand Trianon
Quarto de Maria Antonieta no Petit Trianon


Jardim do Petit Trianon

A fonte foi ligada quando estávamos saindo, mas deu tempo de tirar uma foto

Palais Omnisport de Paris Bercy, o POPB

Entrada do POPB
Tickets comprados
Mais do POPB



Scooby Doo e turma também estavam lá

Indo embora satisfeito
Pausa para o kouskous marroquino na volta

Vem com essa bacia de sopa pra colocar por cima do kouskous. Eu não comi, eles gostaram muito.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Oitavo dia

Hoje fomos ao cemitério do Père-Lachaise e ao Musée de l'Armée, que inclui a Église du Dôme (tumba de Napoleão I), Historial de Gaulle, musée des Plans-Reliefs e musée de l'Ordre de la Libération. Ainda achamos coragem para ir à Tour Montparnasse mas não subimos. O ingresso era muito caro em relação ao que já tínhamos visto e, além disso, já estava muito escuro, ou seja, não daria para ver muita coisa.

O Père-Lachaise é bem interessante. E bem cansativo de andar também. Haja escada e ladeira. Compramos uma mapinha (2,5 euros) do cemitério para facilitar a localização dos túmulos famosos já que não entregaram nenhum na porta. Ah, a entrada é grátis.

O primeiro túmulo famoso que vimos foi o de Allan Kardec.É fácil identificar os famosos pois estão sempre cheios de flores. Seguimos para o de Oscar Wilde. Além dos beijos espalhados pelo túmulo, é curioso observar a ausência do membro da estátua que adorna a tumba (li em um guia que o membro já foi visto sendo utilizado como peso de papel pelo zelador do cemitério). Não dá para deixar de notar os beijinhos em lugares estratégicos da tal estátua alada.

Depois vimos o de Edith Piaf, Jim Morrison, Chopin, Molière e La Fontaine. O de Jim Morrison está isolado por uma grade. Acredito que essa medida tenha sido tomada recentemente para evitar as manifestações exaltadas dos fãs que escreviam no túmulo inteiro.

Depois pegamos um metrô na estação Père-Lachaise até a Opera e fizemos a corrrespondência com a Tour Maubourg para ir ao Musée de l'Armée.

A entrada do museu custou 8,5 euros por pessoa (sem descontinho para mim de novo :[ ). Primeiramente vimos as exposiçãos das Grandes Guerras. Muitos recursos dgitais disponíveis que tornam a visita muito interessante. Há muitos fardamentos expostos, jornais da época, algumas armas e explicações sobre o desenrolar das guerras , tudo dividido cronologicamente. Uma bela aula.

Depois seguimos para a área das armas antigas e armaduras. A coleção do museu é impressionante. Muita coisa e tudo em perfeito estado de conservação.

Em seguida fomos conhecer a Église du Dôme onde fica o suntuoso túmulo de Napoleão. Um exagero! Apesar que megalomaníaco, não deixa de ser belíssimo.

Depois almoçamos próximo ao museu. A fome era tanta que não deu para procurar uma Formule em conta. Acabamos pagando mais caro.

Seguimos para a estação Montparnasse Bienvenue que fica em frente a Tour Montparnasse. Como eu disse, não subimos a Tour. Demos uma passadinha na Galerie Lafayette que fica logo ao lado da Tour Montparnasse e depois voltamos ao hotel.

No caminho de volta paramos na famosa rua Daguerre (de que tanto já falei) e tomamos o melhor chocolate quente que achamos até agora, o Amorino.

Amanhã sairemos logo cedo para pegar o trem para Versailles. A viagem está chegando ao fim...

Até mais!



Geraldo, aí está o Bazar (bem menor que a Huteba, pra falar a verdade)
Hoje foi o dia mais frio
Entrada do Cemitério do Pére-Lachaise

Allan Kardec

Oscar Wilde

Edith Piaf

Esse gato preto estava nos perseguindo pelo cemitério. Buu...


E esses corvos também...

Jim Morrison

Chopin
Molière e La Fontaine

Jardinzinho do cemitério
Musée de l'Armée
Pátio do museu
Generais da 1ª Guerra
Mina marinha alemã - 2º Guerra
Knight in shining armour
Armaduras de todos os tamanhos
Até para crianças
As japas

Armas antigas (não sei de quando, já me perdi)

Altar da église du Dôme
O túmulo de Napoleão I. Se acha...

Vista da frente da igreja