Ano passado, saí de Paris com a impressão de que os franceses eram muito educados. Dessa vez, confirmei tal impressão. Estávamos procurando a federação de Judo e paramos numa esquina para olhar o mapa quando um senhor nos viu e parou, com um sorriso no rosto, perguntando se precisávamos de ajuda. Foi tão bonitinho. Além desse episódio, ocorreram outros que deixaram claro que a solicitude é uma característica inerente aos franceses, diferente do que se costuma ouvir falar deles no Brasil.
Depois voltamos para o hotel para terminar de arrumar as coisas. Saímos do hotel por volta de 11:30 para o Charles de Gaulle. Nosso voo para Barcelona saía às 13:40. Pegamos o RER llinha B e chegamos no aeroporto por volta de 12:15. A caminhada do ponto de chegada do RER no terminal 2 do aeroporto até o terminal 2B, de onde partiríamos, foi bem longa. Chegamos ao check-in por volta de 12:40, ofegantes e ansiosos. Logo que cheguei percebi que havia um aviso de que só poderíamos levar uma bagagem de mão, mas Fred levava duas: a mochila pequena e a sacola com o kimono recém comprado.
Na hora do check-in, o atendente informou que só poderíamos levar uma bagagem de mão e aí foi o maior trabalho para enfiar o trambolho do kimono na minha mochila, já que tinha mais espaço.
No portão de embarque vimos várias pessoas levando várias bagagens de mão. Na verdade, o cara que nos atendeu estava no primeiro dia de trabalho. Acho que ele queria seguir ao pé da letra as regras. Talvez, se tivéssemos sido atendidos por alguém mais experiente, poderíamos ter levado as duas bagagens de mão. Enfim, apesar dessa regra que deve ser imposta a todos os viajantes de linhas aéreas low cost, na prática a coisa é diferente e a galera abusa das bagagens de mão.
Atrerrissamos em Barcelona às 15:10. Não teve procedimento algum de imigração. Ficamos impressionados. Pegamos as bagagens e pronto, saímos da área de desembarque para pegar o transporte para o centro. Como o voo vinha de outra cidade europeia, acho que eles presumem que os procedimentos de admissão do país já tinham sido devidamente realizados.
Pegamos o Aerobus em direção à Praça de Catalunya. A passagem custa 5,05 euros por pessoa. Ao chegar na praça, seguimos para o hotel, que ficava bem próximo. O dia estava lindo e o clima bem agradável, por volta de 20º.
Ficamos assustados com a multidão que caminhava na rambla. Muita gente mesmo!
Chegamos ao hotel, largamos nossas bagagens e fomos conhecer a região. De cara percebemos uma diferença grande de Paris: o preço das coisas. Aqui é tudo mais barato.
Seguimos em direção ao mar até chegar ao Port Vell. O lugar é belíssimo. Existem uns prédios antigos bem bonitos ao redor mas o porto é moderno. Daqui a dois dias começa um congresso náutico aqui e a marina está tomada de iates, veleiros e essas outras coisas que flutuam na água. Fred disse que um dos iates ancorados deve custar perto de 50 milhões de dólares. Como não entendo de barco, acreditei.
Continuamos a caminhada em busca de comida. Havia uns restaurantes ao redor da marina. Nem pareciam tão caros, em comparação a Paris, mas eu sabia que podia achar algo em conta. Mais a frente, encontramos um restaurante bem agradável cujo menu do dia incluia entrada, prato, bebida e sobremesa por 15,90 euros. A comida estava maravilhosa. Óbvio que escolhemos uma Paella.
Depois voltamos para o hotel.
Morangos de 5 euros/kg na Rue Daguerre
Mercado de peixes e frutos do mar na Rue Daguerre
O monsieur do Judo, presidente da Federação francesa
No RER para o Charles de Gaulle
Em Barcelona no Aerobus em direção à praça de Catalunya
Entrada do hotel
Vista da Rambla, em frente ao hotel
Na Rambla
No caminho de Port Vell
Port Vell - Rambla del mar
Voltando pro hotel
Calçada gigante
Addendum by Fred:
Na verdade, eu reconheci o Octopus, o mega yacht ancorado no porto. Sabia que era de Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft. O valor real é cerca de U$ 200 milhões :)
Jean-Luc Rougé é uma lenda viva do Judô francês, primeiro campeão mundial de judô da França. Foi Campeão Mundial em 1975 em Vienna. Em 1979 foi Vice-campeão, estava no topo da carreira, mas perdeu a final em Paris, para o maior lutador de Judô de todos os tempos, Yasuhiro Yamashita.
Eu tive a satisfação de apertar a mão de ambos :)
Yamashita no Campeonato Mundial do Rio de Janeiro em 2007
4 comentários:
Poxa, nem deu tempo de lutar contra um tetraplégico? :(
O melhor desse post foi o "trambolho" do kimono!
Pela aparência, o velhinho Jean-Luc foi campeão em 1936.
Vê ai uma camisa do Barcelona GG pra mim :P
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