Viagens de Fred, Belle e Luiza: Dia 3

A previsão do tempo não estava sendo nem um pouco favorável até então. O dia já começou muito chuvoso, o que nos fez desistir dos planos de alugar um carro para ir ao Vale du Loire. Como o tempo estava para museu, e Fred fazia muita questão de levar Luiza lá, fomos ao Museu de história natural.
Chegamos cedo e não pegamos fila. Havíamos ouvido falar que no primeiro domingo do mês - e 03/05 era o primeiro domingo de maio - a entrada seria grátis, mas lá vimos que isso não é verdade, pois a entrada foi cobrada (9 euros por pessoa).

O museu é grande, com muitos animais empalhados e estava cheio de crianças. Luiza gostou e toda ave que ela via ela gritava "PATOOO". Ela adora patos :)

Havia uma área somente para animais ameaçados de extinção, e o nosso mico-leão-dourado estava lá :(

Enquanto estávamos no museu, a chuva caía forte. Ao sair, o tempo ainda estava fechado e chovia e parava toda hora.

Passeamos pelo Jardin des Plantes, que faz parte do museu de história natural. O lugar é bem bonito, e rendeu algumas boas fotos. Algumas florezinhas nos fizeram lembrar de que estamos na primavera.

Depois que saímos do Jardim, seguimos caminhando pouco mais de 1km até a Catedral de Notre Dame. A praça da catedral estava lotada, mesmo com o tempo ruim. Havia uma fila enorme para entrar na catedral, e logo que vimos, descartamos a possibilidade de tentar entrar. Mas depois notamos que a fila andava super rápido e decidimos enfrentá-la. Ficamos uns 10 minutos na fila e entramos. Demos a volta no interior da Catedral e depois saímos para procurar onde comer.

No caminho, paramos na Shakespeare and Company, uma famosa livraria especializada em literatura inglesa, e um famoso ponto turístico. Já apareceu inclusive, em alguns filmes, como Meia Noite em Paris.

Ali perto, entramos numa rua movimentada e cheia de comidinhas, a Rue de la Huchette, e paramos na Amorino para tomar um chocolate quente e depois no La Cour de La Huchette para almoçar. A escolha foi bem melhor que a do dia anterior, comida gostosa e bom atendimento.
Segundo a previsão do tempo que tínhamos visto, o tempo abriria no final da tarde e, quando saímos do almoço, já era mais de 4 da tarde. Não deu outra, o tempo abriu e finalmente vimos o céu azul. Nos sentimos comos os europeus deven se sentir depois que veem o sol novamente depois de um inverno rigoroso. Pura alegria.

Pegamos um metrô perto da Fonte Saint Michel para o Jardin des Tuileries, já que não tinha dado para ir no dia , anterior por conta da chuva. No caminho coisas estranhas aconteceram. Primeiro, meu pai foi vítima de um pickpoket (a.k.a. batedor de carteira). O prejuízo foi pequeno, pois o cara levou só alguns poucos reais, e depois jogou a carteira no chão com todos os documentos, mas mesmo assim, é uma situação que chateia qualquer um. Depois, quando estávamos agurandando outro trem para fazer a correspondência, ouvimos uma gritaria do outro lado da plataforma. Aparentemente uma mulher foi roubada. Como se não bastasse, o trem da linha onde estávamos esvaziava toda vez que chegava, por alguma razão que não descobrimos. Todo mundo saía do trem, os que entravam desavisados saiam logo em seguida e o trem partia sem ninguém. Acabamos tendo que pegar outra linha. Paris não é mais a mesma :P

Na verdade, não só por isso, mas achei que as coisas mudaram mesmo por lá. Vi muita sujeira e mais mendicância, o que me causou uma impressão negativa dessa vez.

Ligeiramente abalados, chegamos ao Jardin des Tuileries. O tempo estava lindo e o jardim estava lotado, até porque era domingo. A bela paisagem do lugar e o céu azul pelo qual tanto ansiávamos logo nos fizeram esquecer o contratempo. Descansamos um pouco, fomos caminhando até a pirâmide do Louvre e depois voltamos caminhando até a Champs Élysées, passando pela Place De La Concorde.

Chegando lá meu irmão e Fabíola ainda ficaram e eu, meu pai, Fred e Lulu voltamos de táxi porque o dia tinha sido puxado demais.

Chegamos ao apê, e fomos dormir para tentar nos recompor para o dia seguinte.