sábado, 5 de outubro de 2013

Dia 14 - New York - Detroit

Já acordamos o dia com as malas 95% prontas. Na véspera reservamos o SuperSuttle para as 11h30.

No meio da viagem pesquisando sobre o processo de revista na alfândega no Brasil, descobrimos que estavam focando especialmente nas mulheres grávidas justamente por causa dos excessos dos enxovais. Planejávamos voltar com 4 malas, reduzimos para 3. Espalhamos as coisas de Luiza nas três, para diminuir a exposição.

Belle ainda correu para fazer compras de última hora. Retornou faltando 20 minutos para o SuperSuttle chegar. Foram extremamente pontuais, recomendo demais o serviço.

É chegada  a hora de fazer um relato da experiência com o Airbnb. Essa é a nossa segunda hospedagem pelo serviço e só temos a comemorar até agora. Como já dissemos, as fotos e a descrição eram totalmente fieis ao apartamento. Nossa hostess, era um simpatia e estava sempre pronta para qualquer dúvida ou solicitação. Respondia nossos emails em minutos, geralmente em menos de 1 :)

Nosso apartamento era uma Townhouse típica da região. Três pavimentos, com o apartamento ocupando todo o andar. A hostess mora em um apartamento no térreo. Compramos muita coisa pela Internet para entregar no endereço dela - acorde para isso, mesmo estando nos Estados Unidos você acha muita coisa mais barata online e sem pagar os impostos de varejo.

O único porém, foi de inteira responsabilidade nossa. O apartamento ficava no limite da conveniência em relação a distância do metrô, dava para ir andando mas  era uma boa caminhada, terminamos usando o serviço de ônibus, o que resultou em esperas de até 20 minutos. 

O Airbnb é disruptivo, uma quebra de paradigmas assim como o Napster, eBay, Amazon. Veio para mudar para sempre o mercado de hospedagem. Você avalia e é avaliado no sistema, esse sistema de construção de reputação é fundamental para que aumente a oferta de opções disponíveis no sistema. Nas duas oportunidades que usamos o serviço, nos empenhamos em deixar tudo organizado e tratar os imóveis como se fosse a nossa casa, isso se refletiu claramente nas nossas avaliações. 

Mas nem tudo serão flores, os hotéis  sabem exatamente do risco que o Airbnb representa para seu modelo de negócio e já começaram a espernear. Já há uma batalha judicial em New York para tornar o serviço ilegal, vejam neste link.

Sem dúvida será uma batalha perdida, o Airbnb veio para ficar. A industria turística terá que se adaptar e aderir ao sistema. Como já se observa alias, já é possível encontrar quartos de hotéis no sistema. O Airbnb será sempre a nossa primeira para o planejamento de futuras viagens.

Chegamos no JFK, com bastante antecedência e tranquilos. Nosso voo só decolaria para Detroit as 16h. Almoçamos tranquilamente no aeroporto - detalhe, com preços normais de mercado, sem os preços abusivos como no Brasil.

Depois fomos para o terminal exclusivo da Delta Airlines para o embarque em um voo regional que nos levaria à Detroit - em um pequeno avião da Bombardier, concorrente ferrenho da Embraer -  para só então pegarmos o voo principal com destino a São Paulo. 

O terminal particular da Delta, nos deixou boquiabertos. Enorme e extremamente confortável. Com bancadas a perder de vista com tablets livremente disponíveis e serviço snack bar. Poltronas extremamente agradáveis. Aqui fica clara outra dica, voar por empresas aéreas do país destino é sempre mais vantajoso no quesito comodidade. A liberdade de construção de terminais privados pelas próprias empresas aéreas é uma questão que precisa entrar em debate no Brasil. 

A conexão em Detroit foi rápida e sem sobressaltos. Embarcamos para São Paulo em um 767 muito mais moderno do que o da vinda. O sistema de entretenimento contava com telas HD.

Já em São Paulo, gastamos tempo e dinheiro no Dutyfree para que os guichês de revista da Receita ficassem cheios. Belle escondeu a barriga e passou com uma mala, comigo logo atrás com mais duas, pela via do "nada a declarar". Passamos sozinhos pelo corredor e depois de um rápido olhar para as nossas bagagens da fiscal, fomos liberados. Ufa! 

Chegamos em Aracaju às 13h00 do domingo. Sãos, salvos e felizes com mais uma viagem prazerosa e sem incidentes :)

Ampliamos para oeste o nosso record de longitude, fomos a 73° Oeste, somando-se ao 139° Leste do Tóquio do ano passado.  Na latitude permaneceram os 55° Norte de Moscou e os 35° Sul de Cañuelas na Argentina.

Agora fechamos o cerco as 4 cidades mais globais: Nova York, Londres, Paris e Tóquio. 

Nova York é muito privilegiada geograficamente, os rios, a baia e a ilha de Manhattan, formam um conjunto espetacular. Somada a força econômica e a diversidade cultural é sem dúvida um dos lugares mais interessantes do mundo para se conhecer. Gostamos demais e com certeza voltaremos! :)

Belle completou 28 anos na viagem e ainda teve que carregar a pequena Luiza para cima e para baixo. Mais uma vez, uma companheira de viagem admirável. Ignorou solenemente os desafios e os limitações impostas pela gravidez e estava sempre disposta a conhecer mais. Amo você! 

Luiza, você se comportou muito bem na viagem. Cresceu que só! Mostrei muitos detalhes para você, mas com certeza você não vai lembrar, não se preocupe, certamente vamos rever tudo algum dia :*

Obrigado a todos vocês que nos acompanharam em mais uma aventura. Como sempre a cada viagem o blog bate records de audiência. Desta vez chegamos a casa dos 250 visitantes diários. 








sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Dia 13 - New York

Primeiro dia da viagem que amanheceu nublado. Mas a temperatura estava mais alta do que no dia anterior.

Decidimos conhecer o Bronx Zoo. Pegamos o metrô até o Bronx, e chegamos ao zoológico umas 11:40. Apesar de o Bronx ser conhecido pelas taxas de criminalidade relativamente altas, a região abriga, além do Zoo, o The New York Botanical Garden (que vamos conhecer na próxima vinda a NYC). Então vale a pena sair da caixinha e ir além de Manhattan.

Saímos da estação e fomos caminhando até a entrada do zoológico, chegando lá o primeiro susto. A entrada custa a bagatela de 33 dólares por pessoa. Uma absurdo de caro. Quase eu pedia para voltar, mas é aquela coisa, "tá no inferno, abraça o capeta". Na verdade tinha uma opção de ingresso mais barato, mas não dava direito a visitar algumas coisas, então decidimos pelo "full price".

O Bronx Zoo fica no Bronx Park e é um dos maiores zoológicos metropolitanos do mundo, com 107 hectares. Conta com cerca de 4000 animais que representam aproximadamente 650 espécies do mundo inteiro.

As áreas onde ficam os animais são, na maioria, enormes. O Bronx Zoo tem um trabalho importante de conservação de espécies e vimos muitos animais que nasceram no cativeiro.

Almoçamos no zoológico mesmo e eles mais um vez enfiam a faca. A comida é bem cara e pouco variada. Ou você sucumbe a "junk food", ou come aquelas "cold salads" prontas bem mais ou menos.

Ficamos no zoo até perto de 16h e voltamos para Manhattan. Tínhamos combinado de encontrar nossa amiga querida Thaiz (beijo, Thaiz!) no Bubba Gump, mas houve um desencontro nos horários. Acabamos voltando para o apartamento para descansar e marcamos novamente como ela no Chelsea Market algumas horas depois.

Saímos para o Chelsea Market às 19h e chegamos lá uns 50 minutos depois. Encontramos Thaiz - que estava acompanhada de um amigo muito gente boa - e comemos a famosa steamed lobster de novo.  Prolongamos a noite e fomos para a Times Square (de novo!). Fomos para o Bubba Gump, bebemos, comemos, conversamos e falamos sobre Nova York. Delícia de noite.

Nos despedimos deles e ainda ficamos batendo perna na região até mais de meia-noite. Voltamos para o apartamento e fizemos os ajustes finais antes de retornar ao Brasil.

Eu vou ficando por aqui. Fred ainda vai falar sobre nossas poucas últimas horas em NYC e sobre a experiência do Airbnb. Mas já que é minha despedida dessa viagem, vou falar um pouquinho das minhas impressões. Quem me conhece sabe o quanto sou apaixonada por viajar. Quanto mais do mundo eu vejo, mais eu quero ver. Nessa viagem, nós experimentamos um pouquinho de como seria viver em Nova York. Ficamos num bairro mais afastado, usamos muito transporte público, fizemos compras em supermercado. Foi  muito interessante e nos agradou muito esse estilo novo. NYC é tudo aquilo que diziam mesmo. Global, frenética, é uma cidade onde tudo acontece, a qualquer hora. Passamos 13 dias, mas ainda deixamos programas para as próximas visitas, porque na cidade tem muita coisa para fazer, para ver, para comer... E mesmo para quem não é muito consumista, a meca do consumismo   tem muito a oferecer.

Nossa próxima viagem ainda não está definida, mas o que já sabemos é que vamos levar mais uma mala, a da nossa Luiza. Vamos esperá-la crescer um pouco para definir o roteiro da próxima viagem, mas certamente não demorará muito, porque é isso que a gente ama fazer.

Obrigada a todos pelos comentários e, para aqueles que não comentaram mas visitaram nosso blog, muito obrigada também! Até a próxima!



 Urso polar fanfarrão
 Panda vermelho tirando soneca


 Alongamento
 Tirem as crianças da sala 


 Bored
 Like a boss



 Jardim das borboletas

 Bronx River




 Eu, Thaiz e a lagosta
 Últimos momentos em NYC



Bubba Gump delícia

Dia 12 - New York

Passamos o dia finalizando compras. Pensamos em ir no Zoológico do Bronx, mas já eram quase 16:00. Resolvemos ir ao Guggenheim, para descobrirmos na porta que é fechado nas quintas :|

Voltamos para as lojas :)

Vou aproveitar o post para falar sobre algumas percepções e generalidades:

- Apesar da crise de obesidade que assola os Estados Unidos (e o Brasil também), em NY não é perceptível o problema. Minha teoria é que o sistema de metrô ajuda a manter as pessoas em forma, muitas escadas e caminhadas;

- Aqui adoram as buzinas dos carros, é cada buzinaço danado. Sempre prolongados;

- Há uma forte rede de proteção social, muitos abrigos, food stamps e agora o ObamaCare. Para os críticos do Bolsa Família no Brasil, aqui o Estado gasta muito mais em contrapartidas sociais;
 
- A frota de veículos é de carros grandes: Vans, SUVs ou sedans. Praticamente não existem carros hatchs;

- Muitos não respeitam a faixa de pedestre, mesmo que o sinal fechado esteja para os veículos;

- É sem dúvida a cidade mais global que visitamos - comparado as outras grandes metrópoles Tóquio, Londres, Moscou, Paris, São Paulo - gente de diversas nacionalidades e etnias;

- Quase não existem motos em circulação;

- O atendimento é geralmente muito bom, pois a taxa de serviço nunca é incluída na conta. E varia de 15% a 20% de acordo com a percepção do cliente do bom atendimento;

- Tem áreas de cidade em que só se ouve espanhol;

- Muita gente com problema de locomoção, bengalas e andadores em profusão. Mesmo em pessoas de meia idade;

- Não há prioridade nenhuma para grávidas. Somente no metrô que as pessoas oferecem os assentos;

- Todos os carrinhos de rua e vans usam geradores próprios a combustível, nada de gatos de eletricidade;

- A acessibilidade das estações de metrô é péssima, poucas estações tem elevador. Mas todos os ônibus tem rampa e suspensão variável para o acesso de cadeiras de rodas;












quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dia 11 - New York

Hoje o dia foi mais leve. Saímos mais tarde do apartamento e fomos direto para o Madison Square Park para comer no famoso Shake Shack. Além de ver muitos comentários na internet sobre o local, também foi recomendado por amigos. Realmente os hambúrgueres são deliciosos!

Saindo do Shake Shack, fomos caminhando até a Union Square para ir na Babies R Us, comprar mais algumas coisas para a filhota. Na Times Square tem uma Toys R Us e uma Babies R Us no mesmo prédio mas a sessão de bebês é bem menor se comparada à loja da Union Square. E não é lenda, fazer enxoval por aqui realmente é uma boa. Uma roupinha que no Brasil custa, em média, de R$ 50 a R$ 80 aqui dá pra achar por US$ 10-US$15. Achei roupinha aqui na promoção de US$ 3 :)

Passamos duas longas horas na loja e seguimos para a Times Square para ver se conseguíamos ingresso para algum musical. Chegando na TKTS, vimos que havia ingressos com 50% de desconto para o Fantasma da Ópera. Compramos dois por US$ 150. Caro pra caramba, mas eu tinha muita vontade de ver um musical por aqui e estava disposta a pagar pra ver.

O espetáculo estava marcado para as 20h e chegamos lá meia hora antes, ainda com as sacolas e vestidos de forma bem simples. Hoje fez muito calor por aqui e estávamos com roupas apropriadas para o clima. Perguntei na hora que comprei o ingresso se tinha problema estarmo vestidos daquela forma, mas a moça disse que não. E na fila deu pra perceber que isso é bobagem mesmo. Tinha gente arrumada, mas a maioria, com cara bem de turista, tava vestido de forma simples.

O espetáculo foi no Teatro Majestic, que não é muito grande. De onde estávamos deu para ver bem o show todo. Infelizmente não pudemos tirar fotos, mas o musical foi muito bom. É impressionante a troca de cenários. Teve uma hora que o palco se transformou num lago, passando por debaixo de uma ponte e os protagonistas remando, e umas velas saindo do chão... coisa de primeiro mundo :P

O Fantasma da Ópera tem 2h30 de duração com um intervalo de 15 minutos. É longo mas a gente nem percebe. Não é à toa que já são 25 anos de apresentação.

Saímos e fomos jantas no Chevys, um restaurante mexicano que fica pertinho do teatro. Comida deliciosa, ambiente agradável e preços justos.

Por hoje foi só!

 Área de tênis de mesa em uma estação de metrô

 Shake Shack no Madison Square Park

 Fila enorme

 Assim tipo bem light



 Depois do lanche saudável, pausa para mais gordice

 "Adagio" do La maison Kayser. Muito muito muito gostoso

 Agora para desengordar os olhos, um brócolis gigante numa feira de produtos orgânicos na Union Square

 A Union Square é assim bem alternativa. Além da feirinha, tem os Hare Krishna que continuam lá cantando e dançando, skatistas, videntes, jogadores de xadrez e gente já anunciando o Occupy Wall Street 2014




 Justin Timberlake na Times Square


 Já devo ter colocado uma duzentas fotos da Times Square. Mas já passamos aqui umas 200 vezes e toda vez fico impressionada

 Tickets

 Na saída

 Nachos deliciosos de entrada no Chevys (de graça)

 Comida demais!

  Decoração bacaninha do Chevys


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dia 10 - New York

Com a crise legislativa sobre o orçamento dos EUA, a ida para Washington foi enterrada definitivamente. Os museus e a visitação aos órgãos da administração federal vão estar fechados. Este link explica muito bem o que está em jogo. Os republicanos estão loucos com o imenso apoio popular do ObamaCare. Lembra alguma coisa? :P

Hoje o dia continuou de céu limpo mas quente, muito quente.

Começamos o dia no Central Park, fomos para o Lago passear de barquinho a remo. O exímio remador aqui deu uma aula aos turistas, que passaram a copiar a minha técnica :D

Em seguida fomos para  Eataly, perto do Flatiron, um mercado especializado em coisas da Itália, vinhos, massas e por aí vai. Muito interessante.

Mas a pedida do dia era a região dos restaurante indianos, fomos almoçar no Pippali. Sempre nos surpreendemos com os restaurantes indianos, comida excelente, farta e barata. Não tem erro, basta gosta de comida apimentada.

Seguimos para a região do Chelsea Market, para conhecer a High Line. Uma linha de metrô suspensa, que foi transformada em calçadão e jardim. Lotada de turistas e 'trendy peopple'. O projeto é um sucesso, estão expandido para um novo ramo que vai até o rio Hudson. Está cheio de lançamentos imobiliários no entorno e os prédios antigos estão sendo revitalizados.

Descemos da High Line já perto do magnífico prédio do USPS - United States Postal Service. O prédio ocupa umas duas quadras inteiras. Faz o Madison Square Garden que fica ao lado, ficar acanhado.

Fomos para a BH Photo, mega loja de eletrônicos. Coalhada de brasileiros. Os atendentes sempre tentam falar algo em português para agradar aqueles que são os maiores compradores depois dos norte-americanos. Os homens que trabalham na loja são todos judeus, só devem entender de religião porque tecnicamente o atendimento é péssimo, não sabem nada de informática, apesar de serem simpáticos. Um trabalho para pedir um kit de memória DDR3 PC3-12800 :D

Terminamos o dia na Babies R Us, comprando coisinhas para Luiza. Exclamação da caixa da loja "Oh god, this baby will be happy!"

Dandan já comprei seu presente, uma coisa massa. Vou repetir um presente que ganhei de seu avô Luiz, que me fascinou durante toda a infância :D

Chegamos na Times Square para ver os tickets das produções da Broadway em promoção. Muita coisa já esgotada. Será o foco de amanhã. Os preços me deixaram de queixo caído U$ 200,00 para ver o Rei Leão :|


Estavam tocando bossa nova


Central Park


















Pippali Belle


Pippali Fred


High Line













Somente U$ 199,00 :)


O que?! U$ 200,00?! :|