segunda-feira, 23 de abril de 2018

1º dia - A ida e a chegada a Pequim




Chegar à China não é fácil. Começamos a jornada na madrugada do sábado (14/04) quando deixamos Aracaju às 04h30 com destino a Guarulhos. Chegamos a Guarulhos às 6h50 e tínhamos reservado o Hotel Panamby (que fica a 15 minutos do aeroporto) para um day use das 8h às 18h, já que nosso voo para Nova York somente sairia às 21h. Ficamos no aeroporto até pouco depois das 8h para trocar dólares, yuans e ienes. Seguimos para o hotel no transfer gratuito oferecido por eles. Chegamos perto das 9h, fizemos check-in, tomamos café da manhã e fomos descansar. Perto de 14h resolvemos almoçar e fomos de Uber até um shopping próximo ao hotel. Comemos no Outback só para variar um pouco :) Voltamos para o hotel, nos arrumamos e retornamos para o aeroporto. Nosso voo da United com destino ao aeroporto de Newark saiu pontualmente. Correu tudo bem durante o voo que teve 9 horas de duração. Como o voo era noturno, Luiza e Fred dormiram praticamente durante toda a viagem, já eu, não dormi quase nada. Chegando a Nova York (chegamos por volta de 5h15 do domingo 15/04) foi aquela novela para passar pela imigração. Uma fila quilométrica que andava um centímetro a cada 15 minutos. Entre o pouso e a passagem pela imigração, levamos mais de duas horas. Apesar de sisudo, o guardinha da imigração puxou um papo com Luiza e, com ajuda da tradução simultânea da mamãe, ela interagiu com ele.
Tínhamos pensado em ir a um Wallmart e Best Buy perto do Aeroporto, mas diante da demora em passar pela imigração, que nos tomou 2 das 6 horas que tínhamos de conexão entre um vôo e outro, preferimos ficar no aeroporto aguardando o voo que saía às 11h.
Saímos da área do desembarque, passamos pelo raio-x e fomos logo para o portão do nosso voo. Logo em frente havia um Beer Garden para o nosso deleite. Há diversos iPads distribuídos por toda área de embarque, para uso de todos. A escolha e compra da cerveja é feita pelo iPad, o pagamento é feito somente através de cartão em um leitor localizado ao lado do iPad. O único papel do atendente é trazer a cerveja.
Nosso vôo saiu pontualmente. Na fila para entrar no avião já nos tornamos minoria. A turma do olhinho puxado se tornou grande maioria. A tripulação era formada por chineses e americanos. Durante as longas 13 horas de voo eu dormi um pouco mais do que no voo anterior, já Luiza e Fred mais uma vez dormiram muito. Luiza ainda assistiu a alguns filmes durante o voo e se comportou incrivelmente bem. Um orgulho! Durante o voo já foi servido um snack bem diferente (umas sementes com especiarias) e no jantar uma das opções era noodles com cogumelos no molho shoyu para colocar a gente no clima.
O voo chegou a Pequim pouco antes das 14h, e ao pousar já fomos recebidos por uma das mais conhecidas características de Pequim: a poluição. Mas não é qualquer poluição. É poluição top topper topzera. Com direito a neve artificial, só que no lugar de floquinhos de gelo, são floquinhos de poeira. Assustador!
O aeroporto, como era de se imaginar é gigantesco. Passar pela imigração foi bem simples, e praticamente sem filas. Depois de passarmos pela imigração fomos procurar o local de partida do Airport Express. Pegamos um trenzinho para mudar de terminal, e localizamos a estação do Airport Express. Enquanto comprávamos os bilhetes (25 CNY cada um – aproximadamente R$ 10,00 e - Luiza grátis), Luiza já começou a ter seus momentos de fama aqui na China. Uma família de uma garotinho ficou encantada com ela, por ser tão “diferente”, tirou fotos e o garotinho começou a presenteá-la com vários biscoitinhos de arroz.
Enquanto esperávamos o trem, o menininho ainda trouxe conchas, um pacote de algo que parecia um miojo e mais biscoitinhos.
O Airport Express chegou rápido e descemos na primeira das duas estações onde ele para: a Sanyuanqiao (na hora de comprar o bilhete usei toda minha habilidade para pronunciar esse nome e fiquei feliz que a mulher entendeu). Nessa estação passa a linha 10 do metrô, que é a que fica perto do apartamento onde nos hospedamos. Compramos bilhetes de metrô na máquina (muito fácil de usar, inclusive) e pegamos o metrô até a estação Shuangjing. Antes disso Fred tentou sacar dinheiro e não conseguiu. Bateu um pequeno desespero porque trouxemos pouco dinheiro em espécie.
Ah! Tinha esquecido de falar de outra grande característica daqui com a qual nos deparamos assim que chegamos: The Great Firewall of China. Assim que chegamos ao aeroporto, conectamos na internet grátis do aeroporto e apesar de receber notificações de Facebook, Instagram e Twitter, não conseguimos conectar em nenhuma dessas redes sociais. WhatsApp funciona de forma muito inconstante e não recebe nem envia mídia. Nem precisa dizer que google nem pensar né? Inclusive só consegui começar a postar no blog quando cheguei a Hong Kong, mas trataremos dela mais adiante. Sabendo de toda essa dificuldade com a Internet, eu já havia baixado no Brasil o app WeChat, que eles usam aqui na China praticamente para tudo. É WhatsApp, Facebook, meio de pagamento, iFood, e um tanto de outras coisas. Foi através do WeChat que contatei, assim que cheguei, a dona do apartamento que alugamos.
Voltando ao metrô, descemos na estação Shuangjing, rodamos um pouquinho e localizamos o apartamento. Como de costume, reservamos pelo Airbnb. A anfitriã não estava lá mas deu todas as coordenadas pelo WeChat. O apartamento fica num condomínio enorme, com uma estrutura bem bacana, apesar de mal mantido em alguns aspectos. O apartamento em si é grande (sala, dois quartos com cama de casal, dois banheiros, varanda, cozinha, área de serviço), bem decorado, muito bonitinho. A cozinha tinha poucos utensílios, mas o básico necessário. A região do apartamento é excelente, fica no Beijing Central Business District - CBD, a poucos metros da linha 10 do metrô, e cheia de restaurantes (internacionais – Starbucks, KFC, McDonalds, Haagen Daas etc - e locais) e comércio intenso (fica de frente a um Shopping cheio de lojas de marcas famosas).
Após nos instalarmos, andamos pela região, para segurar o máximo e tentar dormir só quando caísse a noite para tentar nos adaptar ao horário. Lulu acabou dormindo no carrinho nesse passeio. Tentamos sacar dinheiro em mais três bancos e nada. Começou a aumentar o desespero. Comemos numa “padaria” nada chinesa, e voltamos ao apartamento. Fred conseguiu contatar o banco e desbloqueou o cartão. Ufa! Fomos domir depois das 20h e Luiza um pouco antes disso. E aí eu pensei: “massa! Vamos dormir umas 10horas seguidas e amanhã já estaremos adaptados ao horário local”.
 Almocinho pré-embarque
 Esperando o transfer para voltar ao Aeroporto
 Ostentando bom humor depois de 9 horas de voo (e aguardando a interminável fila da imigração em NY)
 Aguardando o voo para Pequim
 Tinha um Beer Garden no meio do caminho




 Verificando as instruções de voo antes de decolar
 Finalmente Pequim!


 Um super aeroporto

 Foi aí que começou o sucesso de Luiza na China
 Presentinho de boas vindas
 Floquinhos de poeira que ficam voando pelo ar e se acumulam no chão
 No CBD - próximo ao apartamento

 Nossa casinha simpática em Pequim




 Vista da janela

 Assistindo Mickey em Mandarim
 Primeiro passeio depois de não-sei-quantas horas de viagem


 Carro elétrico para aluguel compartilhado 
 Lanchinho nada chinês
Sol atrás da poluição

quinta-feira, 12 de abril de 2018

China 和 Hong Kong 亦 Japão






De volta à Ásia, com foco principal na China. Vamos perambular pelas cidades de Pequim, Shanghai, Hong Kong, Shenzhen, Pequim novamente, Tóquio e Quioto. De 14 de abril a 5 de maio de 2018. 

Time completo: Fred, Belle e Luiza!

No dia 29 de abril, realizarei um dos meus maiores sonhos. Assistirei o Campeonato Nacional Japonês Absoluto de Judô. Onde os 32 melhores judocas do Japão se enfrentam sem distinção de peso, no tradicional Nippon Budokan.