quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sétimo dia - Amsterdam

Ontem cortamos a cidade de leste a oeste, hoje foi dia do sentido sul a norte. Pense em uma caminhada fenomenal. Chegamos até o anel viário A10 que circunda a cidade.

Saímos do Hotel até a Praça Dam, depois seguimos pelo corredor de lojas Kalverstraat, depois pelo Leidsestraat, até chegarmos ao Rijksmuseum, o museu nacional da Holanda.

O Rijks não é tão grande, mas tem uma expressiva coleção de Rembrandt e Vermeer. Além de vários quadros de Frans Prost, o pintor holandês que seguiu Nassau na invasão holandesa do nordeste brasileiro. Há uma sala dedicada ao Brasil, com vários quadros, ilustrações e mapas. Nos quadros, os engenhos e as paisagens de Olinda e Pernambuco pintadas por Prost. Os grandes destaques do museu são as obras primas Guarda da Noite de Rembrandt e a A leiteira de Vermeer.

Logo depois fomos para o Museu de Van Gogh, que fica logo ao lado. Aqui, especialmente para mim, chegamos ao ponto alto dessa viagem. Desde meados da década de 80, quando as telas de Van Gogh começaram a bater recordes nas casas de leilão e com a repercussão na mídia brasileira, sonhava em visitar este museu. Van Gogh, com seu estilo único de intensas pinceladas e forte colorido, sempre foi o meu pintor favorito. No museu há 200 pinturas de Van Gogh, desde o começo de sua trajetória artística, deixando clara a sua evolução de estilo e técnica. Fora isso, vários quadros de pintores e escolas que o influenciaram. Inclusive, para minha surpresa, vários elementos da pintura japonesa foram fundamentais na sua formação. Várias de suas telas mais famosas, como os auto-retratos, mais um dos 5 Girassóis que existem (Vimos mais um em Londres), o Quarto em Arles, Os comedores de batata. Fenomenal demais!!!

Agora preciso ir ao Museu de Arte Moderna de Nova York, para ver uma de minha telas preferidas de Van Gogh: The Starry Night. Quem sabe a viagem do próximo ano :)

Em seguida fomos para o Vondelpark, que fica ao lado da praça dos museus. O parque é extenso e o atravessamos no sentido mais longo, vagarosamente. Admirando o colorido especial das árvores do outono europeu.

Continuamos em direção norte até o Rembrandtpark, que atravessamos no sentido mais curto. Seguimos caminhando e fomos saindo da Amsterdam tradicional e começamos a adentrar na cidade verdadeira onde as pessoas comuns moram, fora da parte central e turística. Quando percebemos estávamos em uma comunidade mulçumana, com sua própria mesquita e todo o comércio dominado pela comunidade. Entramos em um supermercado e todas as funcionárias estavam de véu e só ouvíamos árabe. Muito interessante. Compramos um monte de guloseimas.

Seguimos adiante e passamos da A10, para alcançarmos a estação de metrô de Postjasweg, em uma região cheia de apartamentos pequenos e claramente da população mais simples da cidade. Pegamos o metrô de superfície e fomos voltando para o centro da cidade. Acompanhando a mudança arquitetônica até a parte central e tradicional com as bicicletas, os barcos e os canais.

Descemos na estação de Weesperplein e seguimos para a Heineken Experience, a fábrica original da cerveja holandesa, que agora é controlada por um grupo Brasileiro. Já era tarde e a entrada cara, não entramos.

Fomos então pela Spiegelkwatier, uma região cheia de anti1quários e galerias de arte. Seguimos caminhando e voltamos a praça Dam. Devemos ter andado mais de 15 km :)

Entramos em um Coffee Shop para matar a curiosidade de Belle. Procuramos um que estivesse bem vazio. Não suporto qualquer tipo de cigarro ou qualquer tipo de fumo. Os Coffee Shops são especialmente fedidos, tem uns que eu não aquento nem passar na porta de tanta maconha. Entramos, olhamos e saímos.

Experimentei o tradicional Hollandse Nieuwe, um peixe cru com cebola picada que é vendido em barraquinhas na rua. Muito bom e baratinho. Amanhã vou comer de novo.

Jantamos em um restaurante Argentino, onde comi um belo Bife de Chorizo, tradicional corte argentino. Belle, que estava cheia das guloseimas que compramos no supermercado da comunidade mulçumana, optou por uma sopinha.

Voltamos ao Red Light District, que estava cheio de grupos de chineses. A “qualidade” do material estava ainda pior do que no primeiro dia e a maioria das cabines estavam vazias. Vimos alguns brasileiros na área também. Brasileiro a gente reconhece a muita de distância.

Fomos a Estação Centraal e compramos as passagens de trem. Amanhã deixamos Amsterdam às 11h, hora local, com destino a Paris.

Amsterdam, com seus canais, pontes, barcos, bondes e as milhares de bicicletas oferece uma experiência única. A cidade é muito linda e agradável. Sua cultura de tolerância é de admirar. Imagine a catedral de uma cidade brasileira ficar rodeada de vitrines de prostituição!? Aqui ninguém dá à mínima. Para tirar um holandês do sério, só um turista na frente das bicicletas :)



Mais um dos canais


Rijks



I amsterdam


Van Gogh Museum. Um sonho realizado :)



Vondelpark























Mesquita Muçulmana



Pense em um troço gostoso!



Prédios de Apartamentos fora da parte turística



Fábrica da Heineken





Hollandse Nieuwe



Jantar








5 comentários:

Wesley Teixeira disse...

Amarelou :o(

Anônimo disse...

Eu quero uma dessas guloseimas!
Roberta

Zerilio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ádamo disse...

Senti falta das legendas! :-(

Dindi disse...

Quando estive em Amsterdam, foi durante o Koninginnedag, o aniversário da rainha. Foi uma experiência memorável, tooodo mundo na rua vendendo coisinhas, comidas, tocando... Nunca vi tanta coisa boa e barata. O lixo ficou pela cidade até pelo menos uns 3 dias depois, mais ainda assim valeu a pena. A sorte que dei foi que quando cheguei ao Van Gogh Museum, havia uma exposição especial chamada "As cores da noite de Van Gogh" e o museu de NY tinha emprestado o Starry Night para ficar em exposição por lá. Meu quadro favorito ainda é o que ele pintou pelo nascimento do sobrinho, o "Blossoming Almond Tree", mas encontrar com o Starry Night por lá me surpreendeu bastante. Aproveitem o restante!